quinta-feira, 3 de maio de 2012

PINGOS DE MARKETING

     Escrevi no meu último "post" que o nosso país parece não ter quaisquer problemas, dada a forma como relega para segundo plano os que tem, e bem graves eles são. Referia-me à relevância atribuída ao caso da greve dos jogadores da União de Leiria. Afinal o "prime time" da UDL durou apenas até à promoção do Pingo Doce de 1 de Maio. E esta não teve apenas direito à abertura dos telejornais: durou os telejornais quase inteiros, debates nos horários nobres, primeiras páginas nos jornais, as redes sociais não falam de outra coisa, letras de canções conhecidas adaptadas, e, pasme-se... discussão na Assembleia da República. De facto, tenha havido "dumping" ou não, a aposta foi claramente ganha, do ponto de vista do Pingo Doce, é claro. Quanto custariam 3 dias de campanha publicitária ininterrupta? Muito mais que as eventuais perdas obtidas com o desconto proporcionado na campanha. Campanha que chegou a praticamente todos os consumidores, como se prova neste meu comentário. Quer se aplauda, quer se critique, o que é certo é que anda toda a gente a falar do assunto. Acho até que no futuro, dado que já há quem prometa copiar a ideia, a Protecção Civil deveria aproveitar a oportunidade para testar em cenário real uma cena de açambarcamento provocado pela notícia do aproximar de um tufão ou de qualquer outra catástrofe. Em tempo de magros orçamentos e escassas verbas, não se gastava dinheiro em simulacros...

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