domingo, 29 de abril de 2012

O FADO E O FUTEBOL

     Os telejornais da hora de almoço de hoje abriram com uma notícia de última hora. Como estamos habituados a que estas notícias sejam quase sempre pelos maus motivos, sejam acidentes graves, um pedido de ajuda externa, a nacionalização de um banco em dificuldades, a morte de alguém muito conhecido, fiquei em suspenso. Mas não, a notícia digna da dramática abertura dos telejornais era afinal que a equipa de futebol da União de Leiria talvez consiga reunir sete jogadores para comparecer ao importantíssimo jogo de hoje à tarde na Marinha Grande, com o Feirense. O país respirou fundo, tal como eu fiz. Almocei bastante mais tranquilo, de tal forma que já aqui estou a escrever este "post". Já ninguém pensa nos 14,5% de desemprego, nas 7000 famílias falidas e as outras a caminho, no país em recessão, no SNS em risco, num mais que provável novo resgate financeiro acompanhado de mais medidas de austeridade. E os milhares de trabalhadores em Portugal com ordenados em atraso? Mas quem os conhece? Quem é essa gente? Estes 16 da SAD de Leiria, sim, que podem impedir a realização do jogo de logo à tarde. O resto? O resto não interessa, nós queremos é fado e futebol...

sábado, 28 de abril de 2012

TAXA PEDONAL

    A comunicação social trouxe ao conhecimento do grande público a existência de uma taxa de 152 € que o ICNB ( Instituto para a Conservação da Natureza e Biodiversidade) começou a aplicar a grupos de caminhantes a partir de Março de 2010, regulamentada depois por uma portaria no início de 2011. E fê-lo agora porque tem havido manifestações de protesto no Gerês, que foram alvo de reportagem televisiva. De facto, brada aos céus! Que se aplique uma "portagem" simbólica aos automóveis, de 1,5 €, para atravessar a mata de Albergaria até à fronteira da Portela do Homem, entende-se, como medida dissuasora e de protecção do ambiente numa zona muito sensível no único Parque Nacional do país. Mas taxar quem caminha a pé? Acho que isto é intolerável. E sabendo nós que este, todos os Parques Naturais, Reservas Integrais e Parciais, estão praticamente ao abandono e sem qualquer vigilância, por insuficiência gritante de guardas, aposto que para fiscalizar a cobrança das taxas aparecem logo uns quantos... Amigos caminheiros, quem quiser caminhar, pague 1,5€, atravesse o Parque de carro, estacione logo após a Portela do Homem e caminhe no Parque do Xurês, do outro lado da fronteira, onde é gratuito, de acordo com o senso comum e em conformidade com mentes dentro da razão!

sexta-feira, 27 de abril de 2012

BRIGADAS DA GNR

        O governo decidiu reactivar as duas brigadas da GNR que tinham sido descontinuadas em 2009, em mais uma "reorganização" das forças de segurança: a Brigada Fiscal e a Brigada de Trânsito. A julgar pelas opiniões de muitos responsáveis desta força militar, escutadas desde então, que na sua maioria criticavam a anterior medida, a reactivação é bem vinda. Pelo que se ouve, há alguma desorganização, o patrulhamento abrandou fortemente e os resultados pioraram. Mas esta é mais uma prova do que se passa em Portugal na generalidade dos ministérios. Não há uma política de continuidade nos sectores chave do país, ao contrário do que se passa nos outros países mais desenvolvidos. Saúde, educação, justiça, administração interna, são sectores em permanente experimentação. Um governo toma uma medida e o seguinte anula-a. Há uma contínua instabilidade e desorganização, para não falar nos custos que tudo isto implica. Fazem-se estudos e mais estudos para servirem de suporte às medidas que depois, ou ficam na gaveta, ou são anuladas passado pouco tempo. Estuda-se tanto e sabe-se tão pouco...

segunda-feira, 23 de abril de 2012

SINAIS PREOCUPANTES

     Há três dias atrás, referi-me aqui ao perigo que correm as democracias com a ascensão dos partidos extremistas um pouco por todo o lado. Veja-se o resultado da Frente Nacional na primeira volta das eleições para a presidência em França. Quase 20% dos votos! E com tendência para crescer e se afirmar no espectro político francês. O teste será já nas próximas eleições para o parlamento, daqui a dois meses. As desastrosas políticas seguidas nos últimos anos por quase todos os dirigentes na Europa e nos Estados Unidos, marcadas pela incompetência e irresponsabilidade mas também pela falta de ética, pela mentira, corrupção, desprezo pelos valores e pelos mais básicos direitos das pessoas, levaram a um progressivo afastamento dos eleitores e a uma colagem senão por simpatia ideológica, pelo menos como demonstração de protesto, aos partidos mais radicais, quer de direita quer de esquerda. Foi sempre assim ao longo da História. As crises mais graves foram sempre terreno fértil para o aparecimento de messias salvadores e instalação de ditaduras. Não será ainda o caso, mas os sinais são preocupantes. A crise que estamos a viver é o ambiente ideal para o reaparecimento de nacionalismos, de defesa de políticas protecionistas, de endurecimento contra a imigração e de discursos anti-europeus. As sondagens indicam que um terço dos franceses são receptivos a estas ideias e entre os jovens a percentagem é ainda superior. Ideias que trazem no seu seio os gérmens da desintegração europeia. Deus queira que seja apenas o meu pessimismo a falar mais alto...

sexta-feira, 20 de abril de 2012

DEMOCRACIA ANTI-DEMOCRÁTICA

      Imagine-se o seguinte cenário: as grandes empresas e grupos económicos, fábricas, bancos, holdings empresariais etc, passavam a ter administrações nomeadas para quadriénios. Que essas nomeações eram feitas de entre três ou quatro candidatos que se auto-propunham ao cargo e escolhidos através do voto dos trabalhadores. O que é que acham que acontecia a essas empresas? O que lhes sucedeu nos tempos do PREC, quando as comissões de trabalhadores se apoderaram da gestão das mesmas e as colocaram na insolvência em pouco tempo. Não era viável, pois não? Seria um acto suicida. Mas... Não é isto que se passa quando escolhemos quem vai governar o país? Quando precisávamos que fosse escolhido o melhor, com grande capacidade de trabalho, inteligência, formação e educação irrepreensíveis, grande experiência de vida adquirida em variados contextos de trabalho, honestidade e firmeza de carácter a toda a prova, independência e um grande apego à sua pátria, aparecem-nos uns três ou quatro "artistas", que nunca fizeram nada de relevante nas suas vidas, com uma enorme habilidade para mentir e nós temos que escolher um, do meio desse restrito grupinho, para estar à frente dos destinos, não de uma empresa, mas do país! Chamaram a este processo de escolha e de nomeação "um processo democrático". Os resultados estão à vista em todo o lado. Têm-se colocado incompetentes à frente da maioria dos governos dos países desenvolvidos que nos empurraram para o colapso económico, financeiro e social. Este procedimento "democrático", paradoxalmente está a minar a credibilidade da democracia, fazendo emergir franjas extremistas que estão em rápida ascensão em toda a Europa. Temo que o resultado seja catastrófico a curto prazo. Lirismo? Utopia? Talvez. Mas se a democracia não arranjar outra forma de podermos escolher quem queremos para nos governar num processo verdadeiramente democrático e não um, tirado de um pequeno bando de "patos bravos" que nos é imposto, veremos dentro de algum tempo se tinha ou não razão.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

AS NUVENS NEGRAS DO FMI

     Tivemos hoje as previsões do FMI para a Europa. Globalmente, são menos más do que anteriormente. Já no que diz respeito a Portugal, as perspectivas são negras. Para o próximo ano, a instituição prevê um crescimento de 0,3%, e nos anos seguintes, pouco melhor, até a 1,3% em 2017. Descontada a erosão de credibilidade que quaisquer previsões económicas têm actualmente, dada a volatilidade dos mercados, da imprevisibilidade da evolução económica dos principais blocos mundiais e do prazo relativamente alargado, o que fica é a descrença nas metas todos os dias reafirmadas: o regresso aos mercados em Setembro de 2013 e um crescimento capaz de sustentar a dívida. Gostava que alguém me explicasse como é possível manter uma dívida controlada com défices anuais das contas do Estado acima de 3%, juros a pagar em média entre os 3 e os 4% e um crescimento anémico que, segundo estas previsões, só em 2017 ultrapassará 1% ! A derrapagem no regresso aos mercados em 2013, resolve-se com um segundo resgate, acompanhado do inevitável reforço de medidas de austeridade. Já toda a gente espera por isso. Mas, mesmo para os optimistas de serviço, é cada vez mais óbvio que não escaparemos a uma reestruturação da dívida, que nunca conseguiremos pagar nos moldes actuais.

terça-feira, 17 de abril de 2012

GALINÁCEOS EXCÊNTRICOS

    Já aqui escrevi, em Janeiro último, sobre as exigências europeias em matéria de condições de habitabilidade dos aviários de criação de galinhas. Está a esgotar-se o prazo para as alterações necessárias e a maioria das empresas portuguesas que ainda não as executaram, já fizeram saber que não têm condições financeiras para tal. Portugal que é auto-suficiente na produção de ovos, corre o risco de passar a ser importador e a lançar para o desemprego mais uns milhares de trabalhadores. Exactamente o que nos fazia falta, neste momento. E isto porquê? Porque algum iluminado em Bruxelas decidiu que a Europa está tão carente de preocupações que tem que se entreter a pensar em criar boas condições para as galinhas serem felizes. Como é que a Europa quer ser competitiva com os outros grandes blocos mundiais, com gente desta a governar-nos? Enquanto passam o tempo a pensar em poleiros padronizados, áreas para esgravatar e água de Luso para molhar o bico, a Espanha afunda-se a caminho do resgate financeiro arrastando a zona euro para o colapso. E quando não tivermos ovos e carne de aves suficiente para abastecer os mercados europeus, vão comprá-los à China, que tem as suas galinhas a viver em gaiolas de luxo, com SPA e banho turco... De facto, anda tanto burro a mandar em tanta gente inteligente, que às vezes penso que a burrice é uma ciência...

segunda-feira, 16 de abril de 2012

GUINÉ-BISSAU

     O governo português enviou uma força militar de intervenção, composta por dois navios de guerra e um avião para as proximidades da Guiné-Bissau, para a eventualidade de ser necessário o resgate de cidadãos portugueses e outros ali residentes. Face à frequência e regularidade com que acontecem os golpes militares naquele país africano e atendendo a que nos cais do Alfeite apodrecem os poucos vasos de guerra portugueses ainda em condições de navegabilidade, por falta de verbas para a sua manutenção, não seria de pedir autorização a Cabo Verde para ali permanecer em definitivo a referida força, para não andar a passear Atlântico abaixo, Atlântico acima?...

domingo, 15 de abril de 2012

REFORMA AOS 67?

   O Expresso noticia esta semana que o governo está a preparar o aumento da idade de reforma para os 67 anos. O ministro da Solidariedade e Segurança Social desmente e diz que não há nada a ser preparado sobre o assunto.
    Os meus colegas e amigos há mais de três anos que me ouvem dizer que é inevitável o aumento da idade como uma das medidas que obrigatoriamente terão que ser tomadas. E penso que os 67 anos será o primeiro passo, para não provocar reacções demasiado vigorosas. Num horizonte de dez anos terá que subir de novo para cerca de 70 anos. Podemos não gostar, dizer que andaremos a trabalhar até cair para o lado. Tudo isso é verdadeiro, mas é a única forma de se poder continuar a pagar o que se paga. Não é preciso ser grande economista para se chegar rapidamente à conclusão que o sistema é insustentável. E não é um problema exclusivamente português, é de toda a Europa. As contas andaram equilibradas quando as economias cresciam a 7 e 8% ao ano. Agora que estão a crescer a 1% ou mesmo em recessão, como é que geramos riqueza para pagar a cada vez mais beneficiários com cada vez menos pessoas a contribuir? E se a Europa não resolver rapidamente o grave problema do desemprego, especialmente não deixando entrar os jovens para o mercado de trabalho, não haverá medidas que salvem o sistema do colapso a médio prazo.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

CRIMINALIDADE EM BAIXA


Telejornal de ontem, 11 de Abril:

- Foi assaltada uma empresa de terraplanagens em Penafiel, de onde foi levado um cofre com 200.000€, numa carrinha também roubada no mesmo local, a qual foi encontrada incendiada num pinhal, com o cofre rebentado.

- Em Olhão, foram assaltados três bungalows num parque de campismo, alguns ocupados, de onde foram levados bens pessoais e outros equipamentos.

- Em V. N. de Gaia foi assaltada uma carrinha de transporte de valores, à porta de um hipermercado, de onde foram roubados 5000€.

- Em Gondomar, foi assaltada mais uma moradia de um ourives. Os assaltantes levaram todo o ouro e outros pertences, de valor incalculável.

- Em Atouguia da Baleia, Peniche, numa tentativa de roubo de um sino centenário de uma igreja, este, devido ao seu enorme peso, caiu estrondosamente no chão, abortando o roubo.

       Relato de mais um dia de actividade da ladroagem que vagueia impunemente pelo país. Felizmente, segundo o relatório publicado há poucos dias, a criminalidade tem baixado bastante... Ainda bem!








terça-feira, 10 de abril de 2012

A HISTÓRIA REPETE-SE SEMPRE

     Carta de um inglês que residia em Lisboa em 1710, acerca da dependência de Portugal em relação a Inglaterra:
     Todo o ouro deles, assim como açúcar e tabacos, são os lucros dos nossos industriais pelos produtos que lhes vendemos a crédito para serem pagos com o lucro do comércio com o Brasil. Três partes em quatro, do trigo consumido neste país e todos os panos tingidos são importados de Inglaterra, de modo que isto explica porque é que esta gente vive para nós e não pode viver sem nós.

      Agora a opinião de um economista português da mesma época sobre o mesmo assunto:


      O Senhor D. Pedro II fez estabelecer as fábricas quando era regente e viu acabá-las quando Rei. O mais notável é que acabaram no tempo em que a fortuna deparava a Portugal um novo agente, que, aumentando prodigiosamente o nosso capital, devia pôr a nova indústria em maior actividade. Este agente era o ouro das minas do Brasil, que se descobriram por esse tempo e pouco depois as dos diamantes; porém, correndo atrás desta riqueza de convenção, desprezámos os nossos bens reais, o reino despovoou-se e Portugal, nadando em ouro, viu-se pobre quando lhe foi preciso entregar este mesmo ouro à Inglaterra e às outras nações industriosas para nutrir e vestir os seus próprios habitantes com géneros de produção estrangeira, negociados por estrangeiros e conduzidos em embarcações estrangeiras.

      Pensemos agora no que fizemos à nossa actividade produtiva a partir da adesão à CEE, aos milhões que correram para Portugal a partir daí e na situação em que nos encontramos agora e interroguemo-nos se este país tem solução. A História repete-se sempre. E, no nosso caso, como diria a minha saudosa avó "Está-nos na massa do sangue"...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

"IDEIOTICES"

    Tem havido um grande debate de ideias acerca do financiamento dos transportes públicos, face ao agravamento galopante do montante da dívida de todo o sector, ao que parece, já perto dos 18 mil milhões de euros. Os governos anteriores, foram empurrando o problema para a frente, este como tantos outros. Não pagaram as indemnizações compensatórias devidas, não fizeram alterações estruturais que se impunham e as empresas foram obrigadas a recorrer sistematicamente a financiamento bancário, enquanto os bancos tiveram liquidez. Agora que o dinheiro se acabou, ninguém sabe como resolver o problema, nem sequer como pagar apenas os juros, que vão capitalizando, fazendo crescer a dívida de uma forma assustadora. E todos dão "palpites". Presidentes das empresas do sector, académicos, vereadores das câmaras municipais, secretário de Estado dos transportes. Todos têm ideias de como e sobretudo de QUEM vai pagar. E adivinhem quem? Os automobilistas, pois então! O secretário de Estado diz que devem ser os utilizadores de transporte individual que devem pagar o transporte colectivo. Seja através de portagens urbanas, de taxas de parqueamento, de impostos sobre os combustíveis...
      Onde está então o princípio da igualdade e da equidade, tão chamados à liça por este governo, quando introduz portagens nas SCUT, com o argumento do "utilizador-pagador"? Com este princípio, em breve os hospitais privados estarão a aplicar uma taxa a cada utilizador para pagar os hospitais do SNS, os colégios privados cobrarão outra taxa para financiar o ensino público, etc! Que tal, as vítimas de assalto e outros crimes, a pagar uma taxa para contribuir para a manutenção das prisões?...

terça-feira, 3 de abril de 2012

PROVISÓRIO OU DEFINITIVO?

       Hoje, um dos responsáveis da "troika" para Portugal, afirmou que o corte dos subsídios de férias e de Natal podem tornar-se definitivos. Uma possibilidade que nos apanha a todos desprevenidos e em que ninguém ainda tinha pensado, é claro... Como se quase tudo o que é anunciado como provisório não se transformasse em definitivo, neste país de aldrabões! Escolas e hospitais provisórios há 20 ou 30 anos, as locomotivas da linha do Tua que foram transferidas pela calada da noite, debaixo de protecção policial em 1992, que iam provisoriamente para o Entroncamento para serem reparadas e que nunca mais voltaram, todas as outras linhas encerradas provisoriamente desde 1988, os impostos extraordinários que ficam para sempre, etc. Em minha opinião, haverá um subsídio em 2014, porque, se não houver nenhum acontecimento anormal antes, nessa altura será preciso adoçar a boca aos portugueses por causa de eleições. O presidente do sindicato dos quadros técnicos do Estado, veio afirmar, muito escandalizado, que quem manda em Portugal é a "troika", outra novidade para o comum dos portugueses. Não se sabia desde que foi negociado o programa de assistência financeira, que o governo português passaria a ser um mero executante das cláusulas ali estabelecidas. Mas confiemos; o secretário de Estado, Carlos Moedas, já nos veio descansar, ao afirmar que o que foi acordado foi o corte até finais de 2013... depois, o futuro a Deus pertence!

domingo, 1 de abril de 2012

ESTATÍSTICAS DA TRETA

     Foram ontem conhecidos os números oficiais da criminalidade em Portugal em 2011. Quando todos esperavam por um aumento da criminalidade em geral e da especialmente violenta em particular, eis que as estatísticas oficiais indicam uma diminuição, excepto em algumas áreas específicas, de onde ressalta o roubo por esticão. Quando todos os dias nos entram em casa, através de telejornais, imprensa escrita ou quaisquer outros meios noticiosos, relatos de crimes cada vez mais violentos e em maior número, alguém acredita na justeza destes números? Este e outros casos, que começam a ser frequentes, não contribuem para o descrédito das estatísticas, quaisquer que elas sejam? A quem servem estas mentiras oficiais? Será para mostrar aos cidadãos que vivemos num país muito seguro, apesar de haver zonas onde já não se pode sair à rua depois do pôr do sol? Ou para justificar o encerramento de esquadras de polícia por serem desnecessárias? Há um tempo atrás o número de vítimas na estrada também se reduziram drasticamente: bastou que deixassem de ser considerados os mortos que falecessem depois de serem retirados do local do acidente... Ainda dizem que as políticas dos governos não resultam! Ora olhem para as estatísticas!...