segunda-feira, 28 de maio de 2012

DECLARAÇÕES DE LAGARDE

     As declarações da directora geral do FMI, Christine Lagarde, sobre a Grécia, provocaram ondas de choque no mundo inteiro, colhendo críticas negativas de todos os quadrantes. Os políticos e detentores de altos cargos, com grande exposição mediática, têm que aprender que não podem dizer tudo o que pensam, mesmo que seja verdade. O cidadão comum pode, eles não; por isso é que uns são comuns e outros não. Mas neste caso em particular, será que se tratou de um deslize, de uma frase impensada? A 3 semanas das eleições gregas, que certamente decidirão a permanência ou não do país na Zona Euro e na CE, terão sido declarações inocentes? Tudo o que fira ainda mais o orgulho e o amor próprios dos gregos, que os humilhe e os vilipendie, reforça-lhes a vontade de revancha e de reforçar quem abertamente se opõe aos acordos e tratados efectuados com a Troika, neste caso o partido de extrema esquerda, que está bem colocado para ganhar as próximas eleições. Não será isto que se pretende efectivamente? Empurrar a Grécia para fora? Creio que nas altas instâncias de decisão já se chegou à conclusão que é melhor e mais barato a Grécia sair já, do que permanecer como poço sem fundo, autêntica esponja de fundos comunitários e não só. Mesmo que as consequências sejam imprevisíveis, quer política quer financeiramente. De facto, à beira do abismo e com tanta gente pronta a dar o empurrão fatal, como evitar a queda?

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