domingo, 25 de março de 2012

E O BURRO SOU EU?

     Luís Marques Mendes disse no seu comentário na TVI 24, que Eduardo Catroga fez de todos nós parvos, por há menos de um ano ser o chefe da delegação do PSD nas negociações do programa de assistência financeira a Portugal, com a troika, onde um dos pontos do programa obrigava a renegociar em baixa as rendas consideradas excessivas pagas pelo Estado português a empresas fornecedoras de energia, nomeadamente a EDP. Alguns meses depois, já como presidente do Conselho Geral e de Supervisão da empresa, vem dizer que o que ele próprio negociou, não é bem assim, que não se pode falar em rendas excessivas, que há contratos assinados, compromissos assumidos, blá blá blá... Que os políticos em geral são uns mentirosos e que caíram num completo descrédito na opinião pública, já não é novidade para ninguém. Que hoje numa determinada posição dizem uma coisa e amanhã noutra dizem exactamente o contrário, também já não nos surpreende. Neste caso em concreto, parece-me que mais do que fazer de todos os portugueses parvos, o que ele fez em primeiro lugar foi "o ninho atrás da orelha" aos seus correlegionários de partido, quando se fingiu demasiado velho e cansado para assumir o lugar de ministro das finanças de Passos Coelho, onde iria acumular canseiras, preocupações monumentais, horários de trabalho impensáveis, para receber pouco mais de 70.000€ anuais, para logo a seguir assumir um dos lugares mais apetecíveis em Portugal, onde tem que comparecer a umas tantas reuniões anuais a troco das quais recebe à volta de dez vezes mais, ou seja uns 700.000€ por ano. Como diria um ex-seleccionador nacional de futebol "E o burro sou eu, e o burro sou eu??"

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