terça-feira, 23 de outubro de 2012

ESTADO DE DIREITO?OU ESTADO LADRÃO?

   No meu "post" de ontem, sobre os cortes e também as penalizações das reformas e pensões em sede de IRS no orçamento de Estado para 2013, comparava esses cortes a um depósito a prazo que se tenha num banco e que nos seja unilateralmente reduzido para acorrer a prejuízos ou perdas nesse banco. A comparação não é exagerada nem descabida, uma vez que considero que os descontos que se fazem durante a carreira contributiva, não são mais que um depósito que vamos fazendo e que, teoricamente, nos será destinado um dia na reforma. O problema é que o guardião desse depósito vem mostrar agora que não é digno de tal responsabilidade e incumbência, qual gerente bancário que fizesse um desfalque na sua agência cujas consequências fossem depois imputadas aos seus clientes. Eu acho que o fundo da segurança social destinado às futuras reformas devia ser gerido conjuntamente pelo Estado e por uma entidade externa nomeada pelos contribuintes, de modo que nenhuma das duas partes pudesse dispor dos fundos sem autorização da outra, como numa conta bancária conjunta em que os depositantes não têm lá muita confiança nos outros...
   
     Não sei se a maior parte dos reformados já se apercebeu que o corte (chamado eufemisticamente de contribuição solidária...) decretado, abrange não apenas o montante da reforma mas também todos os outros eventuais rendimentos vitalícios, como por exemplo recebimentos de fundos de pensões, PPR ou seguros de vida! O descaramento e a falta de vergonha já chegou a isto! As poupanças que as pessoas previdentes fizeram ao longo da vida para ter uma velhice mais descansada, são agora saqueadas por um Estado  predador que se comporta como qualquer vulgar ladrão de estrada. Deve ser a este que se referem constantemente os politicozinhos de meia tigela que temos eleito ao longo dos anos quando enchem a boca de aldrabices para se referirem ao Estado de direito para aqui e Estado de direito para acolá...

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