De há uns tempos para cá, os ataques de cães perigosos a pessoas, sucedem-se. Esta semana que terminou foi o dogue argentino o protagonista, ao ser a raça que esteve em destaque com 3 ataques, dos quais resultou a morte de um bébé e dois outros feridos com gravidade. O debate existe de há muito: de um lado, os defensores destas e de todas as raças de cães, que dizem que não há cães perigosos, desde que os seus donos os saibam tratar e ensinar. De outro, nos quais eu me incluo, os que defendem que as raças consideradas perigosas devem pura e simplesmente ser proibidas. Quem é que nos garante e nos aponta os donos que sabem tratar e ensinar os seus cães? Há algum curso de frequência obrigatória? Há alguma carta que o ateste? Os cães que por aí andam, têm algum letreiro no focinho? Quem é que garante a defesa da liberdade de circular em sossego por qualquer local sem temer que de repente salte qualquer mastim de um portão ou muro? Se eu me apetecer adoptar um tigre ou um leão e andar a passeá-lo com uma trela, posso fazê-lo? Não posso! E se garantir que ele me obedece, que o ensinei muito bem e que é um exemplo de mansidão, posso? Não! Então porque não se aplica a mesma regulamentação a estes caninos perigosos? Estão à espera que haja quantos ataques? Cem, mil?
A minha mãe, há um bom par de anos, ia a uma loja que tinha sempre à porta um pastor alemão, com ar de poucos amigos e que por vezes rosnava à sua aproximação. O dono, em sua defesa, dizia para não ter receio, porque ele só mordia quando estava mal disposto...
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