segunda-feira, 11 de junho de 2012

TROIKA RUMA A ESPANHA - 2º CAPÍTULO

   Em guiza de continuação do meu "post" de 29 de Maio, aí está o resgate a Espanha. Para já, apenas ao sector bancário, querem eles que se realce bem. Para que Grécia e Portugal, com as economias num colete de forças provocado por doses maciças de austeridade não comecem a estrebuchar, querendo igualdade  nas contrapartidas exigidas. Claro que a Irlanda tem toda a legitimidade para renegociar o seu programa, uma vez que foi a nacionalização da banca e respectiva recapitalização que obrigou o Estado a pedir ajuda internacional, tal como fez agora Espanha. Ainda há muito por esclarecer quanto às exigências da troika ( o FMI não participa no resgate mas sim no controlo e vigilância), mas como alguém disse "não há almoços grátis". Provavelmente, também a Europa está a ver se o problema se resolve assim, pois um resgate ao Reino, será de várias vezes 100 mil milhões... E exigir a aplicação de um programa de ajustamento financeiro com medidas de austeridade num país com uma taxa de desemprego de 25%, é acender o  rastilho de uma explosão social. Mas... E os mercados? Satisfazer-se-ão com isto? Duvido! E as dúvidas vamos tirá-las nas próximas emissões de dívida a 10 anos. Que taxas serão exigidas? E as necessidades financeiras urgentes das várias regiões autónomas, algumas em pré-bancarrota, como vão ser satisfeitas? Irá o governo espanhol tentar que algum do dinheiro a injectar na banca sirva para comprar dívida pública, evitando assim ir tanto ao mercado? Penso que isto será apenas um paliativo e dentro de algum tempo será inevitável um resgate ao país. Aguardemos os próximos capítulos...

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