quarta-feira, 20 de março de 2013

JEROEN-A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DA DÍVIDA...

      Jeroen Dijsselbloen, novo presidente do Eurogrupo que substituiu recentemente Jean Claude Juncker, que era um dos poucos dirigentes sensatos existentes actualmente na UE, disse hoje, no rescaldo das ondas de choque provocadas pelo anúncio da imposição de uma taxa sobre os depósitos bancários em Chipre, que essa taxa era a única forma encontrada para que Chipre não tivesse que recorrer a mais um empréstimo pela totalidade do montante necessário: 10 mil milhões de euros. Que em caso contrário, o montante da dívida cipriota ultrapassaria os 100% do PIB do país e que assim nunca iriam conseguir pagá-la. Sábias palavras, que transpostas para a realidade portuguesa, demonstram aquilo que muitos não querem ver nem reconhecer: a impossibilidade de Portugal alguma vez pagar a totalidade do que deve. Ora Chipre, não conseguiria pagar uma dívida no valor de 100% do seu PIB; e como vai Portugal pagar uma que está neste momento em 123% e no final do ano, como eu já disse, estará mais próximo dos 130% do que da última previsão do mago Gaspar? Respostas precisam-se, da parte daqueles que passam a vida a afirmar que a dívida portuguesa é sustentável...

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