O Expresso noticia esta semana que o governo está a preparar o aumento da idade de reforma para os 67 anos. O ministro da Solidariedade e Segurança Social desmente e diz que não há nada a ser preparado sobre o assunto.
Os meus colegas e amigos há mais de três anos que me ouvem dizer que é inevitável o aumento da idade como uma das medidas que obrigatoriamente terão que ser tomadas. E penso que os 67 anos será o primeiro passo, para não provocar reacções demasiado vigorosas. Num horizonte de dez anos terá que subir de novo para cerca de 70 anos. Podemos não gostar, dizer que andaremos a trabalhar até cair para o lado. Tudo isso é verdadeiro, mas é a única forma de se poder continuar a pagar o que se paga. Não é preciso ser grande economista para se chegar rapidamente à conclusão que o sistema é insustentável. E não é um problema exclusivamente português, é de toda a Europa. As contas andaram equilibradas quando as economias cresciam a 7 e 8% ao ano. Agora que estão a crescer a 1% ou mesmo em recessão, como é que geramos riqueza para pagar a cada vez mais beneficiários com cada vez menos pessoas a contribuir? E se a Europa não resolver rapidamente o grave problema do desemprego, especialmente não deixando entrar os jovens para o mercado de trabalho, não haverá medidas que salvem o sistema do colapso a médio prazo.
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