quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
PODER MILITAR VS PODER POLÍTICO
Ouvimos e lemos hoje nas notícias uma afirmação proferida por um responsável duma associação de oficiais das forças armadas portuguesas, que me deixou apreensivo, se bem que, ultimamente, já quase nada me espanta. Dizia ele que "nada nos obriga a ser submissos", ao poder político, entenda-se. Todos sabemos que andam descontentes os militares, dizem que não estão a ser respeitados, porque lhes congelaram as promoções e os ordenados. No fundo, o mesmo sentimento que reina nas polícias e restantes forças de segurança. Mas também em toda a função pública, nas magistraturas, enfim, em toda a sociedade portuguesa. Sempre ouvi dizer que "em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão". Mas se uns podem dizer (quase) tudo o que lhes vier à cabeça, outros, pelas funções que desempenham, não podem; ou pelo menos, não devem. Se perguntarmos individualmente a cada português, se concorda que tem que haver cortes, todos dirão que sim. Mas depois, quando nos toca no nosso bolso... Cortes, sim, mas só para os outros! Os militares não são funcionários públicos; os magistrados também não, dizem os próprios. Os reformados, cheios de razão, dizem que descontaram toda a vida sobre 14 ordenados, para no futuro receberem 14 pensões. Todos têm as suas razões, que caem por terra quando e se nos disserem que temos todos razão mas não há dinheiro para pagar a ninguém. Mas, meus amigos, cuidado com as palavras: a submissão do poder militar ao poder político é um dos pilares e um dos princípios basilares das democracias plenas e do Estado de Direito que nos dizem que somos! Ou não?...
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