Tivemos hoje notícia de mais um assalto a uma ourivesaria, em Lisboa. Infelizmente, nada de anormal, a não ser o desfecho, desta vez diferente do habitual. O corajoso proprietário, depois de atacado por quatro meliantes, defendeu-se com uma arma de fogo, baleando dois deles com gravidade. Pouco depois, foram os quatro capturados. É claro que o comerciante vai ter problemas com a justiça, ele sim. Para os nossos legisladores, as vítimas de assalto ou de outra forma de violência devem assistir de braços cruzados, calmamente, e se possível colaborar activamente. Só depois devem chamar as autoridades, arcar com o prejuízo e voltar à sua vida.
As leis que temos e a forma como são aplicadas só garantem segurança e protecção aos criminosos e delinquentes. São excessivamente brandas e assim perdem o seu maior trunfo: a dissuasão. Ninguém tem medo de ser preso, primeiro porque em boa parte dos casos os tribunais não condenam a penas efectivas e depois porque muitas vezes a vida cá fora é mais dura do que nas prisões... Ora se o Estado que tem obrigação de proteger a vida e os bens dos cidadãos, não o faz, têm que ser os próprios cidadãos a fazê-lo, preenchendo assim, mesmo que de forma irregular, a lacuna deixada pela inoperância dos tribunais e das forças policiais. Talvez se entretanto estes casos começarem a ser mais frequentes, se se começarem a organizar milícias populares para defender bairros, lojas e habitações individuais instalando-se um clima de pré-guerrilha urbana de consequências imprevisíveis, então soe o alarme junto dos poderes legislativo e executivo e alguém se mexa para mudar alguma coisa.
Eu acho que cada comerciante devia ter uma arma sempre a jeito por baixo do balcão. Os 2 ladrões só tiveram o que mereciam!
ResponderEliminar