segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

A PRÓXIMA ENCAVADELA DE PEDRO PAPA-REFORMAS.

http://economico.sapo.pt/noticias/bundesbank-defende-imposto-pontual-sobre-privados-para-pagar-crise_185893.html

http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/daniel_bessa_diz_que_e_cada_vez_mais_urgente_renegociar_a_divida.html

  
 Aqueles que têm a paciência para ler os meus desabafos, quer aqui, quer no facebook, sabem que há mais de 10 anos alerto para o sobreendividamento do país, e isso, em anos de crescimento razoável da economia, quando tudo corria sobre rodas e boa parte do mundo se endividava alegremente e os bancos lucravam milhares de milhões anualmente. Quando a dívida pública portuguesa ultrapassou os 100% do PIB e o crescimento começou a definhar, vi que era impossível pagar essa dívida nos moldes normais, sem esmagar a economia do país. A alternativa passava sempre por uma reestruturação, com perdão parcial, ou "chutando para a frente", com um reescalonamento que passe por uns anos de carência de capital e um prazo muito longo de pagamento. Chamaram doidos e arautos da desgraça a quem defendia esta solução. Agora já quase todos se lhe começam a render. Entretanto, o inconcebível aconteceu. Em Chipre, houve uma apropriação de parte dos saldos bancários dos cidadãos. O pilar base do sistema bancário, a confiança, ficou abalada para sempre. Quem rouba uma vez, rouba um cento e um ladrão, é sempre um ladrão. Vieram todos à uma, garantir que o roubo era irrepetível, que a situação era muito especial e única. Pois vem agora o todo poderoso Bundesbank, defender a aplicação de um imposto sobre os depósitos bancários, em alternativa aos resgates a países em dificuldades, ou seja, quando algum país entra em bancarrota, devem ser os cidadãos que pouparam, a ficar sem as suas poupanças, para tapar os buracos que os seus governantes criaram. Também Daniel Bessa, num colóquio sobre economia, há muito pouco tempo, defendeu esta solução, do lançamento de um imposto pesado sobre o património. Quer isto dizer que os que já tudo pagam, ou seja, a classe média, com pesadíssimos impostos sobre tudo o que mexe ou está sossegado, com cortes nos vencimentos ou reformas, e que ainda consigam ter algumas pequenas poupanças, até sem essas correm o risco de ficar! Já vimos que o saque não terá fim, senão com o fim do "bolo". Os lobos, enquanto cheirarem carne fresca, não largarão as presas. Pois naquilo que me toca, quero ver se quando me tentarem ferrar as garras e os caninos, já só me apanhem o osso, porque a carne entretanto já se foi. O pouco que ainda resta das mãos dos larápios oficiais, será gasto em jantaradas bem regadas e grandes passeatas. O Pedro Papa-Reformas que vá fazer uma colonoscopia sem anestesia!

              Abram os links indicados e confirmem...

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