segunda-feira, 8 de julho de 2013
A AVALIAÇÃO QUE AÍ VEM.
Estou, como certamente muitos portugueses, na expectativa do que sairá da 8ª avaliação que a troika se prepara para fazer ao programa português, se não houver nenhum adiamento. Segundo o calendário, será nesta que o governo terá que apresentar detalhadamente os cortes de 4,7 mil milhões nas "despesas" do Estado. Recordo que é já na próxima segunda feira que os cavalheiros aí estarão. Ora a reunião extraordinária do conselho de ministros no mosteiro de Alcobaça, destinava-se a que Portas, encarregado da tarefa, apresentasse as linhas gerais do guião dos cortes. Ao que soubemos, a reunião serviu para pouco mais do que umas provas da bela ginja de Alcobaça e um abastecimento de S. Marcos e outros acepipes da pastelaria Alcôa. O guião, logo se vê. Será que Portas já tinha decidido bater com as "portas" e por isso se esteve nas tintas para o famigerado guião? E agora, que Passos o encarregou de dirigir todo o relacionamento com os troikanos, o que fará o Paulo para a próxima semana? Ou prova ao país que é um político de muitos recursos e "dá a volta" à tríade, atirando os cortes para as calendas, se possível para depois das eleições alemãs, ou vai aparecer alguma surpresa de última hora. Espero que não seja mais nenhuma má, porque dessas estamos todos cheios. Estou curiosíssimo para ver como é que Portas vai conciliar o inconciliável que estão ambos à sua responsabilidade: apresentar cortes de um montante que vai atirar com toda a certeza a economia portuguesa para o colapso por muitos e muitos anos e ao mesmo tempo desenvolver essa economia e pô-la a crescer. Quem sustenta esta receita faça a experiência lá em casa: cortem drasticamente na alimentação dos filhos e esperem ao mesmo tempo que eles cresçam saudáveis. Eu espero para ver...
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