sábado, 27 de abril de 2013

O BANCO DE VITOR GASPAR

       Vitor Gaspar tem um banco. Chama-se FPP e, à semelhança do que a maioria dos cidadãos faz com a sua conta bancária, quando precisa de dinheiro, vai lá e saca-o. FPP ( Funcionários públicos e pensionistas) é um fundo sem fundo, por enquanto. Vai encolhendo, fatia a fatia, mas ainda há-de durar mais algum tempo.
Gaspar quer cortar 700 milhões? Tira 5% aos FPP; Gaspar precisa de tapar um buraquito de 1000 milhões? Aplica uma sobretaxa especial de IRS aos FPP; Gaspar quer apresentar serviço aos seus mentores do BCE, telecomandados à distância por Merkel e Schauble, tentando cumprir o défice prometido? Aplica uma CES (contribuição extraordinária de solidariedade) sobre os pensionistas; Gaspar quer cortar 4000 milhões? Pois desta vez para variar, prepara o terreno há meses para uma tesourada de 10 a 15% no rendimento dos pensionistas e uma redução de 3 a 7% no dos FP. Como se vê, os sacrifícios têm sido repartidos equitativamente e de uma forma abrangente. O banco está sempre à mão. E enquanto houver uma pensão acima de 500€, a fonte revela-se inesgotável!
     Numa época em que abundam os estudos sobre tudo e mais alguma coisa, gostava de ver lançado um estudo sobre a infância e juventude da dupla Passos-Gaspar, para tentar descobrir a origem da fúria exterminadora sobre o sector público e da segurança social. Reside certamente em algum recalcamento sedeado num recanto obscuro de tão brilhantes cérebros. Se for necessário financiamento, proponho uma sobretaxa sobre a taxa especial sobre as pensões acima de 150€...

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